É impossível negar que a Ilha de Santiago nos proporciona paisagens espetaculares e foi precisamente isso que fomos descobrir após o magnifico almoço de cachupa. Lá nos fizemos à estrada de pedra ora entre o mar ou entre as serras verdejantes.

Pelo caminho vimos praias com areias de todas as coras, mares calmos e revoltos, baías cujo azul das suas águas pedia um mergulho a cada mirada pelo asfalto já meio esburacado.

Por aqui e ali vêm-se muitas crianças, algumas a acartarem garrafões de água pelas ribeiras verdejantes nos sopés dos montes, são estas mesmas crianças que correm atrás do carro à espera das guloseimas que os muito raros turistas lhes atiram pela janela, enquanto os mesmos ficam a vê-las gladiar-se no conforto do ar condicionado.

Existem também as mais tímidas que de olhos baixos e muito envergonhados nos vêm pedir um rebuçado se faz favor! E continuamos  pela estrada, com o coração meio partido por deixar para trás tais rostos. A paisagem continua magnifica e ninguém sucumbe ao sono de quem acordou as 4 da manhã para esta visita relâmpago.

Uma paragem no meio de uma qualquer estrada onde estava plantada uma tabanca que vendia produtos daquela fértil terra. A minha vista saltou logo para os mamões que eu adoro acima de qualquer fruta e não podia deixar de ser comprou-se um como o efémero souvenir daquela viagem. Mas a surpresa estava escondida nas amarelas bananas. A vendedora que nem português sabia falar insistia em que comprasse um cacho e acabei por comprar e qual não foi o nosso espanto as bananas sabiam a maçã! Sim isso mesmo eram bananas maçã que foram devoradas ali na sua frente e atacados pelo pecado da gula comprou-se mais um cacho não fosse dar a fome no caminho!

A estrada continua, mais terras e terriolas apareciam e desapareciam pelos caminhos, era hora de chegar à capital e fazer as respectivas despedidas.